Talves sobre tantos lamentações eu viva
Em meu mundo de mentiras
Onde tudo parece tão real
Perco-me em tanta ilusão
Recomeço a cada amanhecer
E me suicido ao cair da noite
É tão pouco provável que eu sobreviva
É tão pouco provável que eu queira sobreviver
Ao longo dos dias, dos meses dos anos.
Vou morrendo nesse mundo que eu própria criei
A angustia me sufoca
Causa-me medo
Meu coração já dilacerado
Não bate mais
Após tanto sofrimento
Tanta agonia
Vou sem medo algum
De encontro ao meu anjo
A tristeza me invade
A melancolia me consome
E me tira a vida
Talvez tenha eu me perdido
Em mim mesmo
Ou eu nem exista
Meus olhos te procuram
A todo instante
E no momento em que não
Te acham
Acabo-me em desilusão
Fico fraca
Porem quando meus olhos
Encontram com os seus
Preco-me não imensidão dentro deles
Eles me conduzem ao seu coração
Onde lá apenas vejo meu reflexo