Bem vindos ao meu mundo, sombrio e obscuro



Aqui tenho a liberdade de postar tudo que eu aprecio.

"sei exatamente como é querer morrer, como machuca sorrir, como você tenta se encaixar mas não consegue, como você se fere por fora tentando matar o q tem por dentro..."



17 de dez. de 2010

12 de dez. de 2010

O passado voltou. Mortiç@ Morg@n


Me sinto tão infeliz
Parece que é normal para mim
Lembranças, memórias
Parece que é tão real
Não me deixe morrer
Ate parece que eu sou feliz
 a solidão esta me consumindo
Mais eu não sei o porque
A marcas que eu tenho
O tempo não apaga
Não me faça infeliz
Apenas torça para que me torne alguém melhor
Menos infeliz
Menos depressiva
Menos inútil
Isso não parece real
Não me deixe morrer


(No fundo dos seus olhos)





No fundo dos seus olhos
Vejo os meus refletidos
Vejo o medo e a ausência
Do desconhecido
Naqueles negros olhos
Hoje me vejo
Com um olhar triste
E sem medo
Maldito olhar conquistador
Me encanta e me afronta
Terríveis olhos negros
Quando se inundam com lagrimas
Eu entro em desespero


Hoje a noite
Não tem luar
Eu me desespero
O único motivo pelo
Qual espero a noite chegar
Minha linda lua
Onde você esta
Meu coração se reduz
As migalhas que você
Me da
Corro e sofro
Onde você esta
Minha bela lua
Hoje a noite não tem luar



22 de nov. de 2010

A redenção - Mortiça Morgan


 

Sua face tão bela como a noite
Seus olhos me levam
Diretamente a sua alma
A beleza do seu sorriso
Faz com que minha
Vida tenha sentido
E ao verem lagrimas
Caindo do seus belos olhos
Meu coração se despedaça
E se destrói
Ao amanhecer percebo
Que tudo não passou
De um sonho
E o doce ar de
Sua respiração
Já não esta presente
Para que eu possa viver


Não mais vivo por ti
Não mais estarei aqui
O ar que eu respirava
Se foi com aquela
Bela alma
Há um vazio constante
E aos poucos ele some
Eis que já não vivo mais
O ar que eu respirava
Já não respiro mais

 
A noite me tortura
Minha alma vaga
Para longe
Meu coração dilacerado
Meu corpo todo remendado
Minha mente tão distante
Alucinações acontecem
A todo instante
Eu me rendo a ela
Nessa bela noite agradável
Como o som
Da batida de seu coração




2 de nov. de 2010

A insanidade me afronta. Mortiç@ Morg@n


Sua pele suave
Lembra-me todas as noites
Que estive ao seu lado
A luz da lua
Que clareava sua face
Branca como a neve
Frágil como um cristal
Seu perfume
O mais suave
Lembra-me a fragrância
Da mais bela rosa
Não pode-la
Te-la faz com que
Os momentos se tornem
Cada vez mais raros
E inigualáveis
Bela dama que é uma
Afronta a minha insanidade
Torna-me mais feliz


AMOR

O que é o amor
Se não a mais profunda ferida
O que é o amor diante de um mundo tão sem amor
Qual é o significado de uma palavra tão pequena
E com um grande significado
O que é o amor diante de tanta miséria
De tanta traição
Qual a importância que há nessa palavra?
O quanto as pessoas a levam a serio?
O que é realmente amar?
Diante de tantos atos insanos e impensáveis
Diante de tantas mudanças e de tanta aparência
O que significa realmente dizer para uma outra alma
Eu te amo?
Diante de tanta lamentação
Diante de tantas duvidas e incertezas
O amor, a faca envenenada que é cravada em um coração.
O mais profundo dos cortes
A pior das decepções
Diante de tudo isso
O QUE É O AMOR?




Sigo os passos
De um desconhecido
E não sabendo talvez
Onde eles me levaram
Logo adiante
Encontro seu corpo
Dilacerado
Sobre um tumulo
Dei-me conta que
Acabara de encontrar
O que me faltava
O seu pequeno corpo
Tão frágil sobre
Aquele tumulo tão frio
Já não sei o que pensar
Quem roubou aquela alma
Que me faz tão bem?
Já embriagada
Pelas minhas lamentações
Sofro a cada instante
O que me fazia tão feliz
Agora me destrói
Como o pior dos venenos
Sem mais motivos
Para viver nesse mundo inútil
O suicídio é minha única salvação
Agora já mais calma
Deito-me ao lado de seu cadáver
E misturo seu belo sangue
(Uma gota do mais forte veneno)
A melhor bebida
Agora embriagada com seu sangue
O sangue que me mata.


Uma nobre alma
Devassa meu coração
Acaba com toda
Ilusão faz com que
Eu tenha motivos
Para viver
Com um olhar hipnotizador
Fechou os cortes
Que havia em meu coração
Um ser que é plena luz
Uma alma encantadora
Nobre alma
Que faz com que
Meu pobre coração
Batesse outra vez


15 de out. de 2010

O dispertar de um amanhecer - Mortiç@ Morg@n


Sua face tão bela como a noite

Seus olhos me levam
Diretamente a sua alma
A beleza do seu sorriso
Faz com que minha
Vida tenha sentido
E ao verem lagrimas
Caindo do seus belos olhos
Meu coração se despedaça
E se destrói
Ao amanhecer percebo
Que tudo não passou
De um sonho
E o doce ar de
Sua respiração
Já não esta presente
Para que eu possa viver

Não mais vivo por ti

Não mais estarei aqui
O ar que eu respirava
Se foi com aquela
Bela alma
Há um vazio constante
E aos poucos ele some
Eis que já não vivo mais
O ar que eu respirava
Já não respiro mais



(No fundo dos seus olhos)



No fundo dos seus olhos
Vejo os meus refletidos
Vejo o medo e a ausência
Do desconhecido
Naqueles negros olhos
Hoje me vejo
Com um olhar triste
E sem medo
Maldito olhar conquistador
Me encanta e me afronta
Terríveis olhos negros
Quando se inundam com lagrimas
Eu entro em desespero






5 de out. de 2010

Poemas Mortiç@ Morg@n


Sentada naquele belo tumulo estou
Olhando fixamente sua lapide
Onde diz que as coisas não são em vão
Mal acredito nas memórias que você me deixou
É tão profundo lembrar de ti apenas olhando seu tumulo
Sinto – me infeliz por ter que lembrar inúmeras vezes
Como ousa me deixar
Maldita alma
Vicia-me em sua presença
E depois simplesmente se vai
Maldita noite
Maldito luar
Agora não há nada apenas lembranças
Para eu me lamentar



Ouço passos que vem da escuridão
Vejo coisas inimagináveis
Meu mundo estranho
Onde nada parece ser o que realmente é
Me sinto muito mal ao vê-lo partindo
Me sinto mal todas as manhas
Me sinto mal todo o tempo
Parece que nunca passa
Parece que não ira passar nunca
A tristeza toma conta de mim
Ao vê-los se destruindo
Ao vê-los se decompondo em plena vida
Seres decadentes



Em uma noite fria
Descobri o por que de seu coração
Esta congelado
Descobri o porque de tantas magoas
O passado te assombra
E o futuro é incerto
O medo de se libertar é o que mais te assombra
Medo do desconhecido, da solidão
De tudo que te faz tão mal
Os dias vão se passando
E quando me olho no espelho
Vejo você como meu reflexo
Talvez eu esteja apenas delirando
A loucura já tomou conta de mim
A insanidade já se apossou de mim
E hoje apenas lamento com um sorriso
No rosto por tudo aquilo que eu não consigo mudar





27 de set. de 2010

Poem@as Mortiç@ Morg@n


Naquela noite estranha
Quando eu entrei no cemitério
Algo estranho aconteceu
Senti minha alma
Deixando meu corpo
Tudo escureceu
E derepente uma luz
Minha alma se despediu
Do meu corpo
Era o meu ultimo suspiro
Era o meu ultimo ato de vida
Fui parar no inferno
As chamas me consumem
E hoje a única coisa que me resta é o pó


(Desconhecido)



Sigo os passos de um desconhecido
Tentando talvez achar uma
Resposta para tudo
Como pode isso acontecer
Algo inexplicável
Você roubou minha alma
Tirou de mim toda minha essência
Fez com que eu mudasse
Talvez a pior das mudanças
Ate pouco tempo eu estava perdida
Agora não sei mais onde estou
Mais como sempre um desconhecido
Me tornou alguém real
Você roubou minha alma
Tirou de mim toda minha essência
Tentei tantas vezes dizer que não era real
Agora perdida estou
Isso não é real
Você tirou tudo que de bom
Havia em mim


(Medo)

Com medo estou
De projetar minha felicidade
Onde não existe
De criar expectativa
Que iram me frustrar
Medo de errar
Não saber usar as palavras
Ou ate mesmo de ser ousada
O simples medo
Que me consome
E se não for realidade
Talvez em depressão eu fique
E ate mesmo morra
O medo tomou conta de mim

8 de set. de 2010

Poemas Mortiç@ Morg@n


Em meio a uma multidão
Sinto-me só
Sinto-me bem
Em meio a dias conturbados
Sinto-me estranho
Sinto-me bem
Em meio a guerra e sangue
Sinto-me em casa


Em uma noite agradável
A insanidade me corteja
E eu a cortejava
Bela insanidade
Me faz ver o mundo diferente
Bela insanidade que me deixa menos infeliz
E ao final da noite
Despesso-me
Com o coração partido
E no fim dei-me conta
Que nunca a tive

6 de jul. de 2010

EPICA - Unleashed




Libertada

Caindo, todas as cores desaparecendo
Definhando, minha hora esta chegando
Anulando, minha inspiração
Ganhando consciência
Me liberte!
Em dias passados, eu posso me lembrar
Que meus pensamentos eram claros e sábios
Não havia escuridão manchando as paredes de minhas memórias
Agora há uma névoa me jogando para os lados
E me deixando sem nada a ganhar
Me puxando para trás, me fechando em divergência
Onde eu deveria estar?
Sinto que estou perdida em um sonho
Anseio pelo dia em que eu possa ser eu mesma
Quando estiver livre
Quando o meu sol se pôr
Libertarei minha alma para sempre
Não terei arrependimentos
De ser livre
Existirei novamente
Sem mais esforços perdidos
Nada para se preocupar
Quando eu for livre
As cores diminuem, tudo que me define
Está se perdendo, distante
Não a nada para me manter no tempo, no aqui e agora
Onde eu deveria estar?
Sinto que estou perdida em um sonho
Anseio pelo dia em que eu possa ser eu mesma
Quando eu for livre
Quando o meu sol se pôr
Libertarei minha alma para sempre
Não terei arrependimentos
De ser livre
Existirei novamente
Sem mais esforços perdidos
Nada para se preocupar
Quando eu for livre
[Coral]:

Me cure, me liberte, me veja
Sem mais preocupações, sem mais perdas
Me salve, me aproxime, me ajude, me escute
Sem mais coração partido, sem miséria
Me cure, me liberte, me veja
Sem mais preocupações, sem mais perdas
Me salve, me aproxime, me ajude, me escute
Sem mais coração partido, sem miséria (Nós desesperamos)
Me cure, me liberte, me veja
Sem mais preocupações, sem mais perdas (Sem conserto)
[Simone]:

O tempo é só um conceito
E sempre a primeira coisa a sumir
Agonia e fraqueza
Não são nada que possamos evitar
Os anos são cruéis, eles nos quebram
Trazendo decadência e desespero
Ciência e percepção
Algo que nunca podemos consertar
Minha liberdade é tudo que eu realmente quero e preciso
Me dê o poder de escapar
Não posso mais aguentar
Chegou minha hora de acabar com isso tudo
Não há quem culpar, o destino é aleatório
Não é algo que vamos conseguir explicar
E assim permanece
Onde eu deveria estar?
Sinto que estou perdida em um sonho
Anseio pelo dia em que eu possa ser eu mesma

Livre

Quando serei libertada?
Não é o jeito, que deveria ser
Aguardando novamente para ser eu mesma
Quando serei livre

[Coral]:

Liberte minha consicência
Quando o meu sol se pôr
Libertarei minha alma para sempre
Não terei arrependimentos
De ser livre
Existirei novamente
Sem mais esforços perdidos
Nada para se preocupar
Quando eu for livre


28 de jun. de 2010

A LAPIDE GOTICA DE UM AMOR IMPOSSIVEL - Luiz Fafau

Um dos melhores presentes que eu ganhei no meu aniversario de 17 anos foi um livro cujo nome é A LAPIDE GOTICA DE UM AMOR IMPOSSIVEL, postarei aqui alguns poemas que contem neste livro, espero que todos apreciem.

SALTO

O primeiro verso dói
Feito uma alfinetada
E se remoi
O poeta que nada
Alcança
E na e na balustrada
Avança
Como quem se atira ao abismo
E não acha entre a plataforma
E o nada
O concreto do desvão
Do mergulho
E busca na nave
A escotilha aberta
Que o salve.


A VELA A VELAR

Ainda esta acessa a chama.
Lagrima de cera.
Lava vulcânica.
A escorrer pelas encostas da alma.
O calor,
O brilho acesso,
O bailado de fogo
O vento que rege.
A chama a chamar
A vela a velar
Nossos sonhos na noite.


A SETE PALMOS

Nada desse mundo quero levar
Senão o que não puder deixar.
De resto, tudo o mais deixarei
Aos abutre,
Aos ratos
E as serpentes.
Aos abutres, minha carne podre.
Aos ratos, meus dotes.
As serpentes, as picadas abertas
Em todas as amazonias de minha existência
Nada quero, ou melhor
Quero a paz absoluta dos campos-santos,
A placidez lânguida das manhas de outono
E o orvalho filtrado
Pelos sete palmos de meu latifúndio.












O CORVO - Edgar allan poe

26 de jun. de 2010

Poemas Lady Mortiç@ Morg@n


Em minha lapide fria estou
Presa apenas por uma vontade insaciável
De poder viver
Eles não nos deixam ser livres
Eles não permitem os nossos pensamentos
A noite esta chegando ao fim
Eles não nos deixam fugir
E é nesta fria madrugada
Que meu corpo é preso
Nesta lapide fria e sem nome



Consome-me como
Fogo que arde intensamente
Queimando todo o meu ser
Chega como a mais
Intensa tempestade
Maldita solidão
Chega forte como furação
Depresão, tristeza e solidão
Com isso meus dias se
Insanos e cheio
De desiluzão
Mate meu coração
Sem ao menos alguma
Compreenção


Energize-me
Assim como as
Chamas do inferno
Queimam minha alma
Energize-me
Côo quando a
Escuridão toma
Conta da luz
Seus olhos são
Como portais
E me levam diretamente
A você
Energize-me
Para sempre
E quando a noite acabar
Seremos um só


 



24 de jun. de 2010

Clarice Lispector

  Entre alguns escritores que leio a que mais me encanta é Clarice lispector.
  Embora ela ja tenha falecido para mim Clarice esta mais viva do que nunca, ela é encantadora e muito inteligente...
  Para quem não conhece ai esta um oportunidade unica de conhece-la.

"Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."

"Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever"

"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada."

"Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós."

"Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar."

"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...

Ou toca, ou não toca."

"Sou como você me vê.

Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar."

CLARICE LISPECTOR



20 de jun. de 2010

Evanescence - Field of innocence

  Essa é uma das melhores musicas do Evanescence, o clip é muito bom e a tradução melhor ainda.
  Durante muito tempo ouvi essa musica tentando descobrir o que há nas entre linhas, porem com o passar do tempo pude ver que as vezes a mensagem que esta nas entra linhas é parte da minha vida...

4 de jun. de 2010

Poem@s L@dy Mortiç@

  Com o passar do tempo fui percebendo que eu só escrevo sobre aquilo que eu passo.

  É como se esse blog fosse um diário onde todos pudessem ver ou ler o que eu estou sentindo, e para isso basta saber ler a entre linhas dos meus poemas.



ANJO

Eu vi um anjo
De olhos negros
Naquela noite agradável
Onde a lua clariava sua face
Sua pele quente como o sol
Derreteu meu coração
Sinto um enorme fogo queimando em mim
Diga belo anjo
O que você reserva mim
Não sei onde irei parar
Não sei como aconteceu
Meu coração esta derretendo
Você realiza todos os meus pesadelos insanos
Que tanto gosto
Doce anjo não se vá
Não me deixe morrer
Nessa noite fria
Aqueça meu coração
Realize meus desejos insanos
E no fim será apenas você e eu

 



26 de mai. de 2010

Mortiç@ Morg@n

  São nos momento mais simples e que podem ser considerados insiguinificantes que acontecem as melhores coisas de nossas vidas, e em certos momentos descobrimos o que queremos e o que não queremos para nossas vidas.
 Essa musica me lembra o dia de hoje, onde eu realmente decidi o que eu quero da minha vida.
Foi um momento simples mais para mim valeu muito a pena..

25 de mai. de 2010

Sweet Dreams

 Ja faz um tempo que eu estou ouvindo a musica Sweet Dreams da banda Marilyn Manson e a cada vez que eu ouço essa musica, ela me parece diferente... 







Doces Sonhos

Doces sonhos são feitos disso
Quem sou eu pra desacreditar?
Viajando o mundo e os sete mares
Todos estão procurando por algo

Alguns deles querem te usar
Alguns deles querem ser usados por você
Alguns deles querem abusar de você
Alguns deles querem ser abusados por você

Eu quero usar você
e abusar de você
Eu quero saber o que tem dentro de você

Mexa-se, mexa-se, mexa-se,
Mexa-se, mexa-se, mexa-se,
Mexa-se, mexa-se, mexa-se,
Mexa-se!

Doces sonhos produzem isso
Quem sou eu pra desacreditar?
Viajando o mundo e os sete mares
Todos estão procurando por algo

Alguns deles querem te usar
Alguns deles querem ser usados por você
Alguns deles querem abusar de você
Alguns deles querem ser abusados por você

Eu vou usar você e abusar de você
Eu tenho que saber o que há dentro de você
Eu vou usar você e abusar de você
Eu tenho que saber o que há dentro de você

22 de mai. de 2010

Os melhores contos de MEDO, HORROR E MORTE


O ABUTRE


(HUMBERTO DE CAMPOS)


ERA UM ABUTRE QUE ME DAVA GRANDES BICADAS NOS PÉS. Já havia dilacerado sapatos e meias, e as bicadas iam penetrando na minha carne. De vez em quando, agitado, o abutre esvoaçava em volta de mim e logo retomava sua faina.
Um homem passava pelo local e ficou observando a cena por alguns momentos: em seguida me perguntou como podia eu suportar aquele abutre.
 Acontece que estou sem defesa – respondi – Ele apareceu e me atacou. Claro que tentei lutar, tentei mesmo estrangula – lo,mas o bicho é muito forte, um bicho desse quilate! Ele ia ate mesmo me atacando o rosto, por isso achei melhor sacrificar meus pés. Como pode ver, meus pés estão quase em frangalhos.
- Mas como pode se deixar torturar dessa maneira! – disse o homem.
- Bastaria um tiro e pronto!
- Acha mesmo? – disse eu – O senhor gostaria de disparar um tiro?
- Claro – disse o homem – É só ir ate a minha casa e apanhar a espingarda. Consegue agüentar ai mais meia hora?
- Não sei lhe responder – falei.
Mas ao sentir uma dor lancinante, acrescentei:
- De qualquer maneira, vá logo, estou lhe pedindo.
- Bem - disse o homem. – Vou o mais rápido possível.
O abutre escutara a conversa tranquilamente. Vi que entendera tudo. Ele ergueu – se em um bater de assas e em seguida, empinando-se para ganhar equilíbrio, como um lançador de dardos, enfiou – me o bico boca a dentro ate o mais profundo do meu ser. Ao cair, com que alivio senti que o abutre se engolfava impiedosamente nos abismos infinitos do meu sangue.

See who I am - Veja quem eu sou


Cada musica para mim tem um significado e apos semanas e semanas houvindo a mesma musica decidi ver a tradução da musica. Me espantei ao ver a tradução...


See who I am hoje é uma das minhas musicas preferidas, e com certeza sera por muito tempo...




Veja Quem Eu sou


É verdade o que dizem?
Estamos muito cegos para encontrar um caminho?
Medo do desconhecido perturbando nossos corações hoje
Venha para o meu mundo, veja através de meus olhos
Tente entender, não quero perder o que nós temos


Estivemos sonhando mas quem pode negar?
Essa é a melhor forma de se viver entre as verdades e mentiras


Veja quem eu sou
Quebre a superfície
Alcance minha mão
Vamos mostrar a eles que nós podemos
Libertemos nossas mentes e encontremos um caminho
O mundo está em nossas mãos
Isso não é o fim


O medo está enfraquecendo a alma
Ao ponto de não ter retorno
Nós devermos ser a mudanção que gostaríamos de ver
Eu irei para dentro de seu mundo, ver através de seus olhos
Eu tentarei entender antes de perdermos o que temos


Simplesmente não podemos parar de acreditar porque nós temos que tentar
Podemos nos elevar além da verdade e das mentiras deles


Veja quem eu sou
Quebre a superfície
Alcance minha mão
Vamos mostrar a eles que nós podemos
Libertemos nossas mentes e encontremos um caminho
O mundo está em nossas mãos
Veja quem eu sou
Quebre a superfície
Alcance minha mão
Vamos mostrar a eles que nós podemos

Libertemos nossas mentes e encontremos um caminho
O mundo está em nossas mãos
Isso não é o fim


Eu ouço o silêncio deles repreendendo minhas culpas
Nossa força permanecerá se o poder deles prevalecer?


Veja quem eu sou
Quebre a superfície
Alcance minha mão
Vamos mostrar a eles que nós podemos
Libertemos nossas mentes e encontremos um caminho
O mundo está em nossas mãos
Veja quem eu sou
Quebre a superfície
Alcance minha mão
Vamos mostrar a eles que nós podemos
Libertemos nossas mentes e encontremos um caminho
O mundo está em nossas mãos
Isso não é o fim

21 de mai. de 2010

Alvarez De Azevedo



Lágrimas da vida

Se tu souberas que lembrança amarga
Que pensamento desflorou meus dias,
Oh! tu não creras meu sorrir leviano,
Nem minhas insensatas alegrias!
Quando junto de ti eu sinto, às vezes,
Em doce enleio desvairar-me o siso,
Nos meus olhos incertos sinto lágrimas...
Mas da lágrima em troco eu temo um riso!
O meu peito era um templo - ergui nas aras
Tua imagem que a sombra perfumava...
Mas ah! emurcheceste as minhas flores!
Apagaste a ilusão que o aviventava!
E por te amar, por teu desdém, perdi-me...
Tresnoitei-me nas orgias macilento,
Brindei blasfemo ao vício e da minh'alma
Tentei me suicidar no esquecimento!
Como um corcel abate-se na sombra,
A minha crença agoniza e desespera...
O peito e lira se estalaram juntos...
E morro sem ter tido primavera!
Como o perfume de uma flor aberta
Da manhã entre as nuvens se mistura,
A minh'alma podia em teus amores
Como um anjo de Deus sonhar ventura!
Não peço o teu amor... eu quero apenas
A flor que beijas para a ter no seio...
E teus cabelos respirar medroso...
E a teus joelhos suspirar d'enleio!
E quando eu durmo... e o coração ainda
Procura na ilusão tua lembrança,
Anjo da vida passa nos meus sonhos
E meus lábios orvalha d'esperança!



 
Lágrimas de sangue
 
Ao pé das aras no clarão dos círios
Eu te devera consagrar meus dias;
Perdão, meu Deus! perdão
Se neguei meu Senhor nos meus delírios
E um canto de enganosas melodias
Levou meu coração!
Só tu, só tu podias o meu peito
Fartar de imenso amor e luz infinda
E uma Saudade calma;
Ao sol de tua fé doirar meu leito
E de fulgores inundar ainda
A aurora na minh'alma.
Pela treva do espírito lancei-me,
Das esperanças suicidei-me rindo...
Sufoquei-as sem dó.
No vale dos cadáveres sentei-me
E minhas flores semeei sorrindo
Dos túmulos no pó.
Indolente Vestal, deixei no templo
A pira se apagar - na noite escura
O meu gênio descreu.
Voltei-me para a vida... só contemplo
A cinza da ilusão que ali murmura:
Morre! - tudo morreu!
Cinzas, cinzas...
Meu Deus! só tu podias
À alma que se perdeu bradar de novo:
Ressurge-te ao amor!
Malicento, da minhas agonias
Eu deixaria as multidões do povo
Para amar o Senhor!
Do leito aonde o vício acalentou-me
O meu primeiro amor fugiu chorando.
Pobre virgem de Deus!
Um vendaval sem norte arrebatou-me,
Acordei-me na treva... profanando
Os puros sonhos meus!
Oh! se eu pudesse amar!... - É impossível!
Mão fatal escreveu na minha vida;
A dor me envelheceu.
O desespero pálido, impassível
Agoirou minha aurora entristecida,
De meu astro descreu.
Oh! se eu pudesse amar!
Mas não: agora
Que a dor emurcheceu meus breves dias,
Quero na cruz sangrenta
Derramá-los na lágrima que implora,
Que mendiga perdão pela agonia
Da noite lutulenta!
Quero na solidão - nas ermas grutas
A tua sombra procurar chorando
Com meu olhar incerto:
As pálpebras doridas nunca enxutas
Queimarei... teus fantasmas invocando
No vento do deserto.
De meus dias a lâmpada se apaga:
Roeram meu viver mortais venenos;
Curvo-me ao vento forte.
Teu fúnebre clarão que a noite alaga,
Como a estrela oriental me guie ao menos
Té o vale da morte!
No mar dos vivos o cadáver bóia -
A lua é descorada como um crânio,
Este sol não reluz:
Quando na morte a pálpebra se engóia,
O anjo se acorda em nós - e subitâneo
Voa ao mundo da luz!
Do val de Josafá pelas gargantas
Uiva na treva o temporal sem norte
E os fantasmas murmuram...
Irei deitar-me nessas trevas santas,
Banhar-me na frieza lustral da morte
Onde as almas se apuram!
Mordendo as clinas do corcel da sombra,
Sufocando, arquejante passarei
Na noite do infinito.
Ouvirei essa voz que a treva assombra,
Dos lábios de minh'alma entornarei
O meu cântico aflito!
Flores cheias de aroma e de alegria,
Por que na primavera abrir cheirosas
E orvalhar-vos abrindo?
As torrentes da morte vêm sombrias,
Hão de amanhã nas águas tenebrosas
Vos rebentar bramindo.
Morrer! morrer!
É voz das sepulturas!
Como a lua nas salas festivais
A morte em nós se estampa!
E os pobres sonhadores de venturas
Roxeiam amanhã nos funerais
E vão rolar na campa!
Que vale a glória, a saudação que enleva
Dos hinos triunfais na ardente nota,
E as turbas devaneia?
Tudo isso é vão, e cala-se na treva -
Tudo é vão, como em lábios de idiota
Cantiga sem idéia.
Que importa? quando a morte se descarna,
A esperança do céu flutua e brilha
Do túmulo no leito:
O sepulcro é o ventre onde se encama
Um verbo divinal que Deus perfilha
E abisma no seu peito!
Não chorem! que essa lágrima profunda
Ao cadáver sem luz não dá conforto...
Não o acorda um momento!
Quando a treva medonha o peito inunda,
Derrama-se nas pálpebras do morto
Luar de esquecimento!
Caminha no deserto a caravana,
Numa noite sem lua arqueja e chora...
O termo... é um sigilo!
O meu peito cansou da vida insana;
Da cruz à sombra, junto aos meus, agora
Eu dormirei tranqüilo!
Dorme ali muito amor... muitas amantes,
Donzelas puras que eu sonhei chorando
E vi adormecer.
Ouço da terra cânticos errantes,
E as almas saudosas suspirando,
Que falam em morrer...
Aqui dormem sagradas esperanças,
Almas sublimes que o amor erguia...
E gelaram tão cedo!
Meu pobre sonhador! aí descansas,
Coração que a existência consumia
E roeu um segredo! ...
Quando o trovão romper as sepulturas,
Os crânios confundidos acordando
No lodo tremerão.
No lodo pelas tênebras impuras
Os ossos estalados tiritando
Dos vales surgirão!
Como rugindo a chama encarcerada
Dos negros flancos do vulcão rebenta
Gotejando nos céus,
Entre nuvem ardente e trovejada
Minh'alma se erguerá, fria, sangrenta,
Ao trono de meu Deus...
Perdoa, meu Senhor!
O errante crente
Nos desesperos em que a mente abrasas
Não o arrojes p'lo crime!
Se eu fui um anjo que descreu demente
E no oceano do mal rompeu as asas,
Perdão! arrependi-me!



Minha desgraça



Minha desgraça, não, não é ser poeta,
Nem na terra de amor não ter um eco,
E meu anjo de Deus, o meu planeta
Tratar-me como trata-se um boneco....
Não é andar de cotovelos rotos,
Ter duro como pedra o travesseiro....
Eu sei.... O mundo é um lodaçal perdido
Cujo sol (quem mo dera!) é o dinheiro....
Minha desgraça, ó cândida donzela,
O que faz que o meu peito assim blasfema,
E' ter para escrever todo um poema,
E não ter um vintém para uma vela.

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